António Carneiro Jacinto
Quarta-feira, 8 de Agosto de 2007
MAIS UMA HISTÓRIA INTERMINÁVEL

O velho e noutros tempos prestigiado jornal “Primeiro de Janeiro”, com sede no Porto – hoje em dia reduzido a vendas que não atingem os 3 mil exemplares – veio ganhar uns tostões ao Algarve, com a publicidade paga para a feitura de um suplemento dedicado à Região, que acabou por se reduzir a “Silves capital histórica do Algarve”.

Ocasião aproveitada por Isabel Soares para nos contar mais algumas “histórias intermináveis” sobre o seu mandato. Vale, portanto, a pena respigar algumas das mais interessantes”:

1.     “ A Feira do Folar, o conhecido Festival da Caldeirada e o famoso Festival dos Frutos Secos animam constantemente Silves e combatem a sazonalidade, atraindo um número incalculável de turistas”;

2.     “ Na famosa Feira Medieval toda a gente é transportada para o momento, para viver e sentir a época (…) e muito importante, todas as associações participantes auto-financiam-se com a Feira Medieval”;

3.     “Exposições, concertos, feiras e passeios com sabor a história alimentam o dia a dia de uma cidade alegre e culturalmente rica”;

4.     “Nas margens do Rio Arade, a prática de actividades como o remo e a canoagem são atractivos notórios de uma região que tem muito para dar”;

5.     “Na famosa Fábrica do Inglês deparam com um espaço convidativo, recheado de espectáculos de animação e entretenimento durante todo o ano”;

6.     “Muitas apostas, para as quais lutei a pulso e com preserverança, estão ganhas. (…) O Instituto Piaget é uma bandeira erguida pois a cidade precisa de atractividades que uma escola superior concede (…) queremos aumentar os cursos leccionados no Instituto. Investir num dos pontos fortes de Silves”;

7.     “Temos uma série de projectos em vista: um deles já está em curso e consiste na construção, por parte do reconhecido Grupo Oceânico, de dois campos de golfe e cerca de 1200 camas turísticas”.

 

O publicitário que escreve a entrevista não contem o entusiasmo e escreve a finalizar: “procurando sempre alcançar o auge em todos os projectos em que se envolve, Isabel Soares pretende ainda debruçar-se na plataforma logística em Tunes e no desenvolvimento de um centro de novas tecnologias (esta tem direitos de autor, como sabem os mais atentos ), benefícios para a cidade de Silves e para a sua população”.

 

Deixo os comentários, que só podem ser divertidos, para vocês, desta recente “história interminável” de Isabel Soares. Divirtam-se.



publicado por António Carneiro Jacinto às 00:08
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De alguem a 10 de Agosto de 2007 às 17:13
Sr. Carneiro Jacinto, já visitou algum ano a Feira Medieval? Ontem estava a "abarrotar" era dia de semana, no fim-de-semana ainda deve estar melhor!
Dê o braço a torcer e venha conhecer Silves, nunca o vi por cá.

P.S. ja que voce nao publica: "Nos sete dias em que tem lugar a Feira Medieval de Silves, os visitantes podem reviver o dia-a-dia destes povos, num cenário único onde o legado de quem por aqui passou é visível no património existente.

Mais do que uma simples interpretação da história escrita, é acima de tudo o entendimento e entrosamento dessa história no contexto único de mistura de gentes, raças, credos, religiões, hábitos e cultura, períodos da guerra e fome e períodos de paz e de ostentação e riqueza.

Num ambiente próprio, a cidade de Silves convida-o a recuar no tempo em que os mercados aconteciam diariamente nas ruas, as leis eram apregoadas, os vilões açoitados publicamente e os mendigos recebiam a misericórdia, misturados com malabaristas, contadores de histórias e outras artes exóticas.

Os artigos expostos para venda terão a marca de outros tempos, e o cheiro das especiarias do oriente confundir-se-á com o apelo dos sabores de uma gastronomia influenciada por hábitos cristãos, muçulmanos e judaicos.

À semelhança de outros tempos também haverá mercadorias importadas, das terras longínquas, sedas, louças decoradas, pratas, pedras raras e objectos a fim.

Diariamente, podem ver torneios medievais a cavalo; a abertura do mercado e leitura do edital; jogos populares de destreza e perícia; mostra de armas; comeres e beberes nas tavernas do mercado; cortejo histórico pelas ruas da cidade e venda de escravos e relíquias, entre muitas outras actividades.

A Câmara Municipal de Silves, ao organizar este evento, convida-o a trajar-se com a roupa da época e tornar-se um personagem da história." Observatório do Algarve




De Romeiro a 10 de Agosto de 2007 às 17:34
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NINGUÉM.
Romeiro


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