Oito dias depois estou de volta a casa: com a perna engessada, sentado numa cadeira de rodas e obrigado a repouso absoluto. A partir de agora compreendo, por experiência própria, o que sofrem os jogadores de futebol quando rompem os ligamentos ou fracturam o tendão de Aquiles. É um horror.
Ao regressar ao vosso convívio queria sobretudo agradecer do fundo do coração a todos aqueles, bloguistas ou simples cidadãos, que tiveram a amabilidade de me dirigir palavras de conforto. Bem hajam e muito obrigado.
Entretanto, a vida continua e fui-me mantendo informado sobre os últimos desenvolvimentos no Concelho de Silves, através dos meus colaboradores mais próximos. Tenho que confessar que só me chegaram más notícias.
Em 24 de Janeiro, Isabel Soares fez passar os três vereadores da oposição por um vexame sem qualificação. Fico na expectativa do que irá suceder hoje para saber até onde vai o despudor desta senhora. No entretanto já sei que o facto politico do dia de hoje será a participação de Isabel Soares no “ritual ancestral do chá cujo apogeu será às 17h e 45m”. E como ela está a precisar de chá!...
Depois foi a discussão pela Assembleia Municipal, reunida em Armação de Pêra, do plano de pormenor do Sapal daquela Vila. Esta discussão é tanto mais grave quanto:
a) Não está conforme o PDM de Silves;
b) Não cumpre o que está regulamentado no Plano de Ordenamento da Orla Costeira, nem tão pouco no Plano Regional de Ordenamento do Algarve, que aguarda aprovação em sede de Conselho de Ministros;
c) Visa, apenas e só, encontrar mais espaço para construção…
A esse respeito JJJ pergunta-me se estou de acordo com a realização de um referendo local a este propósito. A minha resposta é, naturalmente afirmativa. Mas convém não nos precipitarmos. A nossa força deve convergir, neste momento para reunirmos, rapidamente, o maior número de assinaturas possível protestando junto da Comissão de Coordenação da Região do Algarve, Ministérios do Ambiente e da Administração Interna. Conte comigo e com os meus apoiantes para essa luta.
Ainda sobre Armação de Pêra: não satisfeita com os brutais aumentos do preço da água e sobretudo dos resíduos sólidos, Isabel Soares quer agora fazer pagar mais 400%, repito quatrocentos por cento pela instalação de esplanadas na via pública. Uma vergonha. Sei que um grupo significativo destes restauradores estiveram em Silves para um protesto. Têm toda a razão em protestar e levem a vossa indignação, se necessário, ao limite: não paguem. Se os construtores civis não pagam as taxas de ligação de saneamento pelos prédios que constroem no Concelho, há dois anos, por maioria de razão vocês têm mais direito ainda à indignação.
Joaquim Santos diz-me que não precisava de citar os casos Franceses e Alemão sobre a forma como se deve apresentar, discutir e aprovar um orçamento, pois bastava-me ir a S.Brás de Alportel. Permita-me que discorde porque, pelas informações que disponho, as coisas não correram tão bem como se quer fazer crer. O meu modelo foi aquele que referi e será esse que porei
Como diz Fernando Pires a quem agradeço o apoio manifestado, “os orçamentos são feitos por políticos (os que fazem da politica ganha pão) de forma a servir aqueles que poderão vir a ser mais úteis por estarem satisfeitos, sempre na perspectiva de tirar o máximo proveito pessoal”, e há aqueles que “entram na política, por acreditarem que podem ser úteis e não vão ficar a depender dela para viver”. Para bom entendedor…
Ainda não tive oportunidade de ler a entrevista que Isabel Soares deu ao jornal Terra Ruiva. Por aquilo que me dizem não faz falta nenhuma. Já se sabe que a senhora não tem ideias, nem nada de novo a propôr aos cidadãos do Concelho de Silves. Não vale a pena, portanto perdermos tempo com fait-divers.
A actual realidade politica da maioria camarária fala por si. Aquilo a que iremos assistir durante este ano será o desfazer de velhas alianças entre correligionários –Isabel Soares já não fala com Domingos Garcia – e a várias manobras de prestidigitação para esconder e enganar aqueles que ainda acreditam na Belinha. Nada que não tenha sucedido no 1º e 2º mandatos.
Graças à informação disponibilizada no seu blogue pelo Dr. Manuel Ramos ficámos a conhecer o texto de uma carta enviada pelo banco BCP a Isabel Soares sobre a suspensão de pagamentos de um contrato de factoring. Aí se dá conta da decisão tomada pela maioria camarária, em princípios de Agosto, da “suspensão imediata de todos os pagamentos referentes a contratos, empreitadas e fornecimentos sem suporte de prévio procedimento concursal”.
Diz o Povo que pela boca morre o peixe: nesta citação Isabel Soares, certamente ainda não aconselhada pelos seus advogados, assume que, como tenho repetidamente dito, o concurso é coisa que não existia até virem a público as informações de todos conhecidas.
Já vou longo e hoje fico por aqui. Voltemos ao trabalho e arregacemos as mangas. Mesmo parcialmente fora de combate… a luta continua.
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