António Carneiro Jacinto
Sábado, 10 de Fevereiro de 2007
MÃOS À OBRA

“A vitória está na arte de você continuar, onde outros resolveram parar”, escreve Manuel José. É isso mesmo não posso parar, não posso parar nunca

-nem agora que estou de perna para o ar e impedido de, como fazia todas as semanas, viajar pelo concelho, falar com as pessoas, tomar notas e ir construindo o meu projecto. Quem pára morre e neste caso concreto, não pode ganhar eleições.

Agora não se iluda meu caro Manuel José: os Silvenses, mesmo depois do anúncio da minha candidatura, continuam, na esmagadora maioria, “a meter a cabeça na areia, assustados como se vivessem novamente no tempo do fascismo ou com medo de perder o seu feudo”. Mais: não tenho ilusões de que o terreno que piso é movediço e que muitos que me dão agora palmadinhas nas costas, na hora da verdade porão a cruzinha na senhora.

Mas eu não sou, nem quero ser o D.Sebastião. Odeio essa ideia e até tenho diversos textos publicados na imprensa críticos em relação a todos os tipos de Sebastianismo. Não tenho nenhuma varinha mágica para resolver todos os problemas de um dia para o outro. Quando ganhar as eleições vou precisar de contar com o apoio de todos, porque a tarefa vai ser hercúlea. E isso, como diz e bem, não se resolve com “resignação e estagnação”, mas com “uma dinâmica de progresso”.

Os desejos de Manuel José e de outros comentaristas estão todos na minha declaração de 4 de Dezembro. A este propósito, Júlia Barbosa faz um magnífico requisitório do que tem sido a gestão de Isabel Soares. Está lá tudo. Só falta dizer, glosando o MAIS, que também é sinónimo de mais e mais endividamento.

Meu caro Paulo Silva: não me vai ouvir nunca, repito nunca, falar de acção, ou inacção dos partidos com representação camarária. Isso é passado e eu trabalho para o futuro.

Continuemos, portanto, a falar de coisas sérias. Como o pedido que Fernanda Barradas me faz para não esquecer o problema do Sapal de Armação de Pêra. Garanto-lhe que esta questão está no topo das minhas actuais prioridades. Já fiz os meus contactos discretos e não vou deixar cair no esquecimento este possível e gravíssimo atentado ambiental. Nem pensar.

Quer queiram, quer não, e por muito que isso desagrade a um ou outro anónimo, a verdade é que, como diz André Neves Bento, “o nível e a qualidade das discussões começam a elevar-se”. O que mais incomoda esses senhores, ou senhoras é que ainda existam “boas cabeças” a pensar neste Concelho. Tem toda a razão Maria Carolina: é um privilégio para mim poder contar no meu blogue com a participação de algumas melhores cabeças do Concelho.

Veja-se, por exemplo, a sugestão/opinião de Euviumsapo ao considerar o Post que venho comentando “demasiado pretensioso”. Aceito, de muito bom grado, a sua sugestão de deixar de utilizar a palavra LUTA. Mãos à obra.

Meu caro Joaquim Santos: garanto-lhe que as pessoas não irão atrás de mim por terem a memória curta, por eu falar mal da outra, pelos beijos ou abraços, ou pelos projectos megalómanos. Comparar-me à Belinha é no mínimo caricato, pois não temos nada, mas mesmo nada, em comum. Só lhe peço que aguarde e no momento próprio veja as diferenças. Mas não meta na cabeça que vai votar em branco. Pode concluir que não está de acordo com as minhas propostas, mas vote, pois cada voto em branco é um voto na Belinha.

Finalmente, Fernando de Sousa. Sugiro-lhe que leia o Público de hoje sobre a Casa de Cultura Islâmica: “Bruxelas solicitada a pronunciar-se sobre desvio de projecto de 820 mil euros”. Ela não vai exterminar o Carneiro…

 

PS. Não se esqueçam todos de ir votar amanhã.

 



publicado por António Carneiro Jacinto às 17:42
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De Paulo Bento a 12 de Fevereiro de 2007 às 00:33
Despudoradamente fala-se em Casa de Cultura Islãmica e Mediterrânica quando nem sequer se consegue utilizar a Cultura como um vector de convergência. Peca-se, mais uma vez, no caso presente, por protagonismos exacerbados, que não têm, nem no passado, nem no presente, gozado da participação dos Munícipes. De ambas as partes, quer a Câmara Municipal quer o Celas, há a utilização abusiva de interesses que plurais nunca foram. O Celas é um pequeno feudo de uma família e de alguns ( muito poucos e sempre os mesmos ) amigos que, de há muito e teimosamente, sempre levaram, com a desistência ou o esquecimento de muitos, a água ao seu moínho. E o antigo Matadouro é mais uma teimosia. A Câmara, por outro lado, fala em nome dos interesses da população. Quais interesses? Mas, acaso a População foi ouvida sobre a utilização daquele espaço, que, segundo a Srª Presidente, e, muito bem, é de todos? E, sendo de todos nós, capitula-se no na Exposição de um seu, dela, amigo, porque a população não o conhece. E vem agora fazer visitas, e blá, blá, blá...
Com Bruxelas ou sem Bruxelas, que venham as bruxas e dêem cabo delas... De uma vez!
Queremos uma Casa de Cultura, sim senhor, mas não patrocinamos arraiais de amigos. Já basta!


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