António Carneiro Jacinto
Domingo, 18 de Fevereiro de 2007
VIAGENS NA MINHA TERRA

Cinco minutos depois da hora, o rápido Inter Cidades, Lisboa - Faro apita duas vezes e deixa a estação Gare do Oriente. São 13h20 e estou sentado numa cómoda e moderna carruagem. O problema foi antes : nem na maior e mais moderna estação de comboios do país existe qualquer apoio para um “deficiente”. Já lá voltamos…

Três horas depois chego a S. Bartolomeu de Messines. Aproveito a viagem para pôr em dia a leitura dos jornais do dia: a crise na Câmara PSD de Lisboa (até onde irá?), investigações da PJ na Câmara PS da Amadora (toca a todos), idem na Câmara BE de Salvaterra de Magos. Lembro-me de uma conversa que tive outro dia, em minha casa, com um amigo inspector do DIAP, que me dizia estarem a crescer as irregularidades: "se só nos ocupássemos destes processos não sobrava tempo para mais nada…"

À chegada a S. Bartolomeu de Messines, exactamente três horas depois tenho um grupo de apoiantes à minha espera. O mais bonito vem de um companheiro de viagem pouco antes de nos apearmos: “ponha-se lá bom depressa que nós contamos consigo”.

Descer do comboio e conseguir atravessar a linha não foi fácil, e quando me sentei no carro dos meus amigos estava exausto. Decididamente não existem neste país  condições mínimas de apoio a idosos, deficientes ou poli-traumatizados. Não há nada como passar pelas situações para delas tomar consciência. Desta vez não resisto a dizer-lhes o que farei quando fôr eleito:

1. Protocolar com a CP, a existência em todas as estações de caminhos de ferro do concelho, de cadeiras de rodas, canadianas e outros instrumentos de apoio a idosos ou deficientes;

2. Contratar, em regime de voluntariado, jovens estudantes locais, para darem assistência a quem dela carecer, à chegada, ou partida dos comboios;

3. Definir com as populações e as juntas de freguesia quais são os comboios prioritários;

4. O mesmo princípio aplicar-se-á, em moldes a definir, a todos os outros transportes colectivos que tenham como destino o concelho de Silves:

5. Criar, neste âmbito, na Câmara Municipal de Silves, um serviço telefónico para onde serão encaminhados os pedidos e coordenadas todas as operações. Este gabinete, composto por voluntários, ficará na dependência directa do Presidente;

6. Redefinir o actual serviço de apoio aos cidadãos que necessitam de se deslocar ao Centro de Saúde de Silves, nomeadamente através da sua extensão a todas as freguesias;

7. Contratualizar com empresas privadas o transporte entre as centrais de camionagem e/ou de comboios e as populações que os utilizam, vidé o caso da estação de comboios de Silves.

Muito mais haverá para dizer neste aspecto, para mim essencial, de apoio às populações mais carenciadas. Mas já que falei da estação de caminho de ferro de S. Bartolomeu de Messines, deixem-me acrescentar que sustive a respiração quando atravessei a passagem de nível. Prioridade a ser resolvida com a CP.

Todas estas ideias andavam a bailar há muito tempo na minha cabeça. A história do “tendão de Aquiles” ajudou a clarificar as minhas ideias. Amanhã tenho mais para vos contar. Mesmo fechado em casa em Silves este ar é outra coisa e com ele vem a inspiração.

 



publicado por António Carneiro Jacinto às 17:51
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De anónimo a 19 de Fevereiro de 2007 às 19:18
O senhor antes de propor coisas que aos olhos de muitos parece muito bonito, pergunto:
1. O senhor têm tempo de fazer trabalho voluntário?
2. Onde estava quando a câmara municipal criou uma unidade móvel de saúde e uma camarada sua disse que seria um fracasso?
3. Onde estava o senhor quando a estação de São Bartolomeu de Messines fechou, passando a ser apenas um apeadeiro ?
4. Onde estava o senhor quando a nossa população exigia ao seu Governo melhores condições de saúde?

Tinha muitas mais questões a lhe fazer, mas fica para outra altura....mas deixo-lhe um recado, não é assim que segue o rumo correcto.


De António Carneiro Jacinto a 19 de Fevereiro de 2007 às 20:48
a estas respondo já no seu estilo:
1.Eu, e todos nós devemos ter sempre tempo para trabalho voluntário.Faço-o todas as semanas;
2.Não conheço essa senhora e se o disse, disse mal;
3.O que é que o senhor e a sua querida presidente fizeram para evitar que a estação passasse a apeadeiro?
4.O que é que o senhor e a sua querida presidente fizeram para exigir do Governo melhores condições de saúde para o concelho?
Tinha muitas mais questões para lhe colocar, mas fica para outra altura...mas deixo-lhe um recado. Não é assim que ajuda a reeleição da sua candidata.


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