O Algarve mexe. Mexe e bem na oferta cultural. Vejam só o que a imprensa regional divulga:
1. S. Brás revive tradição na Festa das Tochas Floridas;
2. Olhão agita-se com a Expomar, Feira do Mar e das actividades náuticas;
3. Portimão aproveita a Páscoa para um concerto alusivo à quadra;
de um homem”, com representações previstas em Loulé, Albufeira,
Tavira, Lagoa, Faro e Alvor; a peça “Em papel perfumado” vai à cena em
escolas de Tavira, Albufeira, V.R. Santo António, Portimão e Loulé;
Faro, Loulé, Tavira e Castro Verde;
7. Por último, mas claramente o mais importante, o Festival Internacional
de Música do Algarve, que ontem começou em Faro, onde terminará em
10 de Junho, com passagens, a fazer crescer água na boca para
melómanos e não só, por Lagoa, (20de Abril), Loulé, Alvor, V. Real de
Santo António, Lagos, Portimão, etc.
Já perceberam certamente onde quero chegar. Silves nada. Zero. Aliás, um cartaz gigante, à entrada da cidade, a anunciar o Festival Internacional de Música do Algarve. E não venham com a história de que é por falta de equipamentos culturais. Como já referi, mais do que uma vez, o que falta é uma verdadeira política cultural e vontade de fazer coisas. Os Silvenses, de há muito tempo a esta parte, têm de pegar no carro e sair da cidade para ver cinema, ouvir música, clássica ou moderna, enfim para terem acesso àquilo que constitui uma componente fundamental da sua qualidade de vida.
Em tempo de Páscoa é importante reflectir no que por aqui se vai passando. A referência à ausência de eventos culturais aplica-se a tudo o resto. A Câmara está parada, não tem possibilidades financeiras seja para o que fôr e tudo se resume à Feira Medieval.
Metade da Fábrica do Inglês já foi vendida à empresa Oceanic. Nenhuma novidade, pois de há muito que os poucos espectáculos eram integralmente financiados por estes industriais do Golfe. Parece que o Sr. José António Silva, accionista maioritário, oscila entre construir na outra metade um Lar para a Terceira Idade ou …um Hotel. Será interessante o convívio, em qualquer das duas hipóteses, entre os utentes do Lar e do Hotel com as festarolas paredes meias.
Em tempo de Páscoa, a história que ilustra bem a situação a que chegou a cidade de Silves teve a ver com a procissão dos Passos. Remendou-se a rua que vai desde as Portas da Azóia, passando pela Afonso III até à Igreja da Senhora dos Mártires, para a procissão passar; e depois voltou-se às obras pelo facto das condutas ali recentemente instaladas terem já começado a rebentar. E ainda a procissão vai no adro.
Resta-me a Feira do Folar. Amanhã lá estarei.
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